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O choro em Mogi das Cruzes - Por Paulo Henrique da Silva Costa

Mogi das Cruzes sempre foi um grande celeiro artístico e teve na música seu principal fator cultural. Desde os tempos antigos das rádios e do cinema mudo, os músicos já marcavam presença e cultivavam essa prática tão bonita em nossa cidade. Com tradição em Bandas Marciais e Fanfarras escolares, Mogi também conta hoje com uma Orquestra Sinfônica, uma Banda Sinfônica e vários projetos educacionais que ajudam a difundir e propagar essa arte tão rica. Entre estilos e gêneros variados, Mogi também abre espaço para todos os ritmos populares, entre eles: MPB, Sertanejo, Pop, Rock, Metal, Rap, Hip Hop, Pagode, Gospel, além das Congadas e manifestações religiosas seculares, mas o foco desse registro é traçar um panorama através da história do Choro em nossa cidade.

1 - O choro na Vila Industrial

2 - A barbearia do Seu Julinho

3 – Compositores de Choro em Mogi e os instrumentos em que compunham

4 –  Vital Medeiros

5 – Escola de Choro e Orquestra Souza Eurico

6-  Roda de Choro do Seu Julinho

1 - O CHORO NA VILA INDUSTRIAL – A raiz do choro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em pé: Nilton Delphim, Batista. Sentados: Eurico de Souza, Julinho Borba e  Braga.

 

            Na década de 20 é ativada a “Mineração Geral do Brasil Ltda”.Com o seu crescimento, aumentou a migração de trabalhadores que pretendiam trabalhar e residir em Mogi, nascendo assim a Vila Industrial ou Mineração, bairro criado para acolhimento desses trabalhadores vindos, em sua maior parte do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

            O fato de a Vila só ter entrada e saída pelo lado da estação de trem (já que os fundos davam pro Rio Tietê e naquela época não havia ponte) fez dela uma vila de pouca circulação, sendo esta, resumida a moradores e convidados. Isso proporcionou um clima de paz muito propício para o desenvolvimento de manifestações artísticas, em geral o Samba e o Choro. Lá nasceu o “Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Vila Industrial”, um dos grandes pólos mogianos de cultura popular, de onde viriam gerações de artistas, poetas, sambistas e chorões.

           

Os chorões da Vila Industrial

 

Sebastião Xavier (em memória) - Compositor, violonista, cavaquinista e bandolinista. Chegou a participar de orquestras em São Paulo na década de 50 e foi um dos principais nomes do choro mogiano.

 

Eurico de Souza - Um dos nossos mais experientes músicos. Toca violão, cavaquinho, violão tenor e bandolim. Compôs alguns choros e continua até hoje trabalhando com música. É considerado um dos maiores músicos de todos os tempos em nossa cidade.

 

Dudu Mendonça (em memória) - Grande músico acompanhador de sambas e choros. Era um mestre ao violão, violão de sete cordas, cavaquinho e bandolim. Veio de uma família de músicos onde logo se destacou pela bela sonoridade ao violão. Outro pilar do samba e do choro mogiano, faleceu em 24/04/2016 um dia depois do Dia do Choro.

   

Rita Mendonça - Compositora e cantora. Irmã de Dudu Mendonça é a principal voz da Vila Industrial. Puxando sambas-enredos para a “Escola de Samba Unidos da Vila Industrial”, ou cantando nas rodas de samba e choro, ela fez história na cultura mogiana.

 

Yrapoan Jr. – Compositor de samba e percussionista. Era pandeirista do “Trio aperto de mão”, que contava com Dudu Mendonça no violão de 7 cordas e Seu Eurico no cavaquinho. Esse Trio tocou em Mogi durante anos 1990 até 2016 com o falecimento de Dudu Mendonça .

 

Paulo Henrique – Compositor, arranjador, produtor musical e professor. Toca violão, cavaquinho, bandolim, violão tenor, violoncelo, concertina e baixo elétrico. Unindo a música clássica, o samba, o choro e a MPB, é hoje um dos principais atuantes no choro mogiano.

 

 

        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Yrapoan Jr., Aline Chiaradia, Eurico de Souza, Paulo Henrique e Dudu Mendonça.

Chorões de Mogi das Cruzes
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